O que é cortisol, o hormônio do estresse, e como o ciclismo pode ajudar a combatê-lo

Cortisol alto: como combater
O que é e dicas para abaixar o cortisol alto

O cortisol é uma das principais substâncias liberadas em situações de estresse sofridas pelo nosso corpo, o que é benéfico e desejado em situações circunstanciais e ocasionais. Por isso o cortisol é conhecido como o “hormônio do estresse”.

O problema é que muitas pessoas entram em estresse crônico, ou seja, têm o seu corpo submetido a um estresse constante e regular, que faz com que seja produzido cortisol em excesso. 

Quando isso acontece, o corpo fica vulnerável a uma série de doenças e sintomas desagradáveis, como depressão e desânimo excessivo, dores e noites mal dormidas.

E se divertir pedalando é uma das maneiras de combater e reverter esse quadro! A seguir, nos aprofundamos no assunto, com a colaboração da nutricionista e ciclista Juliana Maciel.

O que você vai ver neste artigo:

  1. O que é cortisol
  2. Por que o cortisol é conhecido com o hormônio do estresse
  3. Como o ciclismo ajuda a combater o estresse crônico
  4. O que os ciclistas de ponta podem nos ensinar sobre o cortisol
  5. Alimentação e cortisol

O que é cortisol

Cortisol é um hormônio produzido nas glândulas adrenais, que ficam acima do rim e são também responsáveis por fabricar outros hormônios importantes para os processos metabólicos do nosso corpo.

Segundo a nutricionista e ciclista Juliana Maciel, “o cortisol regula o humor, o medo, a motivação, dentre outros processos, como as inflamações e o funcionamento do sistema imunológico. O corpo inteiro em si possui receptores para o cortisol”.

Por que o cortisol é conhecido como o hormônio do estresse

O cortisol é uma das principais substâncias liberadas em situações de estresse, o que é benéfico e desejado em situações circunstanciais e ocasionais.

O problema é que muitas pessoas entram em estresse crônico, ou seja, tem o seu corpo submetido a um estresse constante e regular, que faz com que seja produzido cortisol em excesso. 

“E, quando em excesso, o cortisol desregula a dopamina e a serotonina, que são hormônios correlacionados ao prazer e à felicidade”, explica Maciel. 

Ou seja, embora o cortisol seja essencial para o funcionamento do nosso corpo, em abundância “ele pode desregular o organismo inteiro e deixar o corpo sem ser capaz de se divertir”, diz a nutricionista.

“Ele pode deixar o organismo doente. Pode contribuir para o ganho de peso, para a noite de sono mal dormida, para a desregulação do sistema gastrointestinal e para a fadiga”, completa.

Como o ciclismo ajuda a combater o estresse crônico

Como sair de um estado de estresse crônico? Além de tentar cortar o mal pela raiz, por exemplo parando de trabalhar 12 horas por dia, combater esta situação requer uma série de outras ações, que podem ser:

  • Praticar meditação e ioga para “limpar” os pensamentos;
  • Enriquecer a alimentação com nutrientes saudáveis;
  • Buscar diminuir álcool, cigarro e drogas ilícitas;
  • Procurar a ajuda de um especialista, como um terapeuta;
  • Praticar atividades físicas de forma regular.

Ao praticar uma atividade física divertida e animada, como o ciclismo por exemplo, o foco mental vai sair dos motivos regulares de estresse, o que por si só já ajuda a equilibrar o nível do cortisol no corpo, regulando a dopamina e a serotonina. 

Ao pedalar o corpo ainda vai produzir a endorfina, que melhora o bem-estar, diminui o estresse, ajuda no sono e alivia a dores.

E incorporar um desafio renovado e positivo na rotina da vida ainda vai produzir a adrenalina, um hormônio potente contra a depressão e o desânimo. 

O que os ciclistas de ponta podem nos ensinar sobre o cortisol

“Quando a gente fala de treino, é importante que o ciclista tenha treinos equilibrados para que esse cortisol seja produzido de forma adequada e auxilie, inclusive, para a evolução no esporte”, conta Juliana.

Treinos equilibrados têm a ver com a periodização: “as cargas de treinamento são periodizadas ao longo do ano entre períodos de base, de transição, de pré-competição, para que o atleta não sofra sobrecargas”.

Ou seja, assim como em qualquer outra rotina da vida, saber dosar cada tipo atividade, para evitar sobrecargas, é o segredo.

“Não existe uma diferença do cortisol entre uma pessoa que não pedala, uma que pedala ou um atleta de ponta. Mas a gente pode dizer que um atleta de ponta tem uma adaptação aos treinos, à periodização, que faz com que o cortisol seja produzido de forma benéfica no organismo”, explica a ciclista. O que eu quero dizer? Que é a periodização de treino do atleta de ponta que faz com que o nível de cortisol não seja desregulado”.

O equilíbrio nas escolhas da vida é uma das chaves para corpo e mente saudáveis.

E se você ficou com vontade de treinar e pedalar, comece devagar, para formar uma base. E aumente gradualmente e conscientemente a sua brincadeira em cima do selim, sem transformar a atividade no novo motivo de estresse.

Alimentação e cortisol alto

A nutricionista Juliana Maciel explica que não existe um alimento específico que ajude a equilibrar o cortisol no corpo. Mas, podemos evitar alimentos que contribuam para o excesso de gordura saturada no sangue, que aumenta a inflamação.

“Se a gente está com excesso de cortisol, é porque o corpo está com excesso de inflamação. Então a gente tem que buscar o equilíbrio”.

Assim, evitar excesso de carnes, queijos e creme de leite, por exemplo, e produtos ultraprocessados, além de sorvetes e frituras, é uma forma de se prevenir da inflamação.

Ela também lembra que o excesso do consumo de alimentos refinados, principalmente farináceos e açúcares, faz com que o organismo tenha mais facilidade para desenvolver algumas doenças.

Especificamente quando o corpo não reage por causa do estresse crônico e do cortisol alto, Juliana indica “consumir alimentos que vão estimular uma produção maior de serotonina ou até uma questão dopaminérgica”, como, por exemplo:

  • Banana: além de estimular a produção de triptofano, um aminoácido antidepressivo, oferece a fitomelatonina, que ajuda a regular o sono;
  • Aveia: também ajuda na produção do triptofano, além de ter um efeito calmante (quem não dorme melhor depois de um bom mingau de aveia?);
  • Abacaxi: é anti-inflamatório, diminui a ansiedade e ajuda a produzir a melatonina, indispensável ao sono; 
  • Chocolate amargo: além do triptofano, tem a treobromina, um estimulante energético que vai atuar na modulação positiva do sistema nervoso;
  • Vegetais verdes escuros e abacate: alimentos ricos em magnésio, que está diretamente ligado aos processos antiestresse do corpo.
  • Nozes, linhaça e chia: possuem ômega-3, que funciona como anti-inflamatórios no organismo. 

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